quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Quanto sou ?


Sou pedaço, um pouco de tudo,
sou metade de um inteiro nulo.
Um quarto crescente de uma noite vazia,
um raio de sol de uma luz fria.
Sou muito de muitos nadas,
um simples passeio no meio de tantas estradas,
um reflexo de um pequeno espelho,
a moldura de um quadro velho.
Fui grande quando era único,
agora sou único no meio dos grandes,
e no meio de tantos importantes
que pensam saber tudo, mas tudo sobre coisas desinteressantes.
Sou inverso de sentidos únicos,
sou antónimo de tantos sinónimos,
sou aresta de circunferências cúbicas.
Reticências de quatro pontos,
apenas mais um no meio de muitos.
Afinal sou qualquer coisa,
o vilão desses teus contos.